quarta-feira, 1 de outubro de 2003

Fernanda G. Paone, aluna do Colégio Objetivo: Por favor, gostaria da figura do boneco que vocês criaram como símbolo da exposição Game o quê? para estamparmos em nossas camisetas, para a apresentação do nosso seminário sobre games. Bitmarketing!
4:25:13 PM   comente []    

O debate "Inclusão Digital: Cidadania e Educação na Sociedade da Informação", que aconteceu no último dia 25 de setembro, encerrou oficialmente a programação de encontros da exposição Game o quê? e contou com a participação de Paulo Lemos
(coordenador da Cidade do Conhecimento, USP), Sérgio Amadeu da Silveira (do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação), Ivan Paulo Giannini (gerente de Ação Cultural do Sesc-SP) e Valdemar Setzer (professor aposentado do Departamento de Ciência da Computação da USP). Mediado por Heródoto Barbeiro, o debate foi pontuado por um confronto entre forças tradicionalistas e progressistas que defendem e atacam o uso de novas tecnologias na educação. As vozes consoantes foram proferidas por Lemos e Amadeu, pois ambos são notórios defensores de programas de inclusão digital. Lemos - que coordena o Dicionário do Trabalho Vivo, uma fonte de informação e um sistema de comunicação sobre trabalho, emprego e gestão da carreira profissional - não fez apologia ao tecnicismo, apesar de ter ficado patente seu favoritismo com relação às novas tecnologias pedagógicas. Mostrando um certo orgulho nativo lembrou que, segundo uma pesquisa da Jupiter Research, "a segunda língua mais usada nos blogs do mundo é a portuguesa". Giannini falou pouco e apresentou o conceito do "Web-animador", profissionais que monitoram os usuários da rede de acesso gratuito do Sesc-SP. Brincadeiras à parte, o "Web animador" seria uma versão ciberdigital dos "Gentil Organisateurs", os animadores do Club Med. Mas o grande destaque do debate foi o clash of Titans entre Amadeu e Setzer. O primeiro, munido com números e estatísticas, defendeu com unhas e dentes a luta contra o analfabetismo digital, mesmo antes da erradicação do analfabetismo corriqueiro que figura nas taxas do IBGE. Já o segundo, também munido com números e estatísticas, atacou o excesso de atenção que o Estado está despendendo para o problema da divisão digital. Mostrou uma reportagem sobre um município do Nordeste que não tem energia elétrica, mas tem computadores em suas escolas. "Isso demonstra como o Brasil está passando por uma crise de prioridades", enfatizou o professor.
11:54:29 AM   comente []