Hoje foi o debate "Game e Arte", o quarto do ciclo (restam três; ver programação no site Itaú Cultural). Assunto espinhoso, mas bem interessante. Ou seja, existe uma intenção a priori de fazer artístico no processo de desenvolvimento de games? Para balizar a discussão, o mediador citou o grande filósofo de estética, Benedetto Croce, para quem arte significa intuição lírica seguida de expressão. A pergunta é: o pensador italiano consideraria as telas de Myst como arte? Primeiro, a artista e pesquisadora da UnB, Suzete Venturelli, falou sobre a convergência entre cinematografia, animação e games no projeto Machinima e na intenção artística a posteriori de projetos como Velvet Strike, uma experiência de terrorismo poético e sabotagem artística que usa como suporte o jogo Counter Strike. Depois, a professora de computação gráfica do Departamento de Artes e Design da PUC-Rio, Maria das Graças Chagas, discorreu sobre um projeto que surgiu de um sonho, em que ela pulou quatro minutos para o futuro. Para Suzette, game não é arte; é entretenimento. Isto é, não existe uma intenção artística apriorística. Mas, para Maria das Graças, há, sim a intenção do fazer artístico em games específicos, não desenvolvidos para consumo de massa. 3:51:34 PM comente [] |